Empregos do Futuro: Inteligência artificial, sustentabilidade e novas competências redefinem o mercado de trabalho

Empregos do Futuro: Inteligência artificial, sustentabilidade e novas competências redefinem o mercado de trabalho
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À medida que a tecnologia e a sustentabilidade moldam o presente, o mercado de trabalho entra numa fase de transformação sem precedentes. A inteligência artificial, a transição energética e a necessidade de novas competências estão a redefinir as profissões mais procuradas para a próxima década.
O futuro do trabalho está a ser redesenhado por forças que vão da inteligência artificial à transição energética, passando pela fragmentação geopolítica e pelas alterações demográficas. De acordo com o Future of Jobs Report 2025, do Fórum Económico Mundial, cerca de 22% dos empregos actuais sofrerão impacto directo por via da criação ou eliminação de funções até 2030. Prevê-se a criação de 170 milhões de novos postos de trabalho, mas também a destruição de 92 milhões, o que resultará num crescimento líquido de 7%.
Entre os sectores com maior dinamismo, destacam-se as áreas tecnológicas, da energia e da saúde. Profissões como especialistas em big data, engenheiros de fintech, peritos em inteligência artificial, analistas de dados e gestores de informação surgem entre as que mais vão crescer em termos relativos. Simultaneamente, funções ligadas à transição verde, como engenheiros de energias renováveis e especialistas em veículos eléctricos, ganham terreno.
O impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho é particularmente significativo. Segundo o AI Index Report 2025, a utilização de IA pelas empresas passou de 55% para 78% num só ano, com especial incidência nas áreas de marketing, vendas, operações e gestão de processos baseados em dados. Em paralelo, o custo de utilização de modelos avançados caiu drasticamente – mais de 280 vezes desde 2022 –, tornando estas tecnologias mais acessíveis e reforçando a procura por competências especializadas em ciência de dados, análise preditiva, automação inteligente e gestão de informação.
Requalificar para novas exigências
No plano das competências, o cenário é inequívoco: cerca de 39% das competências actuais necessitarão de actualização até 2030. A análise de dados, a literacia digital, a engenharia de sistemas inteligentes, a cibersegurança e a gestão de projectos tecnológicos estão entre as capacidades mais valorizadas. Contudo, competências humanas como o pensamento crítico, a criatividade, a resiliência e a liderança continuam a ser determinantes num contexto onde a automação substitui tarefas rotineiras, mas valoriza o discernimento e a inovação.
A transição energética é outro motor de criação de emprego. De acordo com o mesmo relatório, 47% dos empregadores indicam que os esforços de mitigação das alterações climáticas terão impacto directo nas suas operações nos próximos cinco anos. Este movimento está a impulsionar a procura por perfis com capacidade de trabalhar em áreas como a gestão de informação para a sustentabilidade, a modelação de dados ambientais e a análise de riscos.
Num contexto de forte reconfiguração das competências exigidas, instituições de ensino como a NOVA Information Management School (NOVA IMS) têm vindo a reforçar a formação avançada nas áreas de ciência de dados, inteligência artificial, análise de informação, gestão tecnológica e transformação digital. Cursos nestes domínios, cada vez mais procurados por profissionais em fase de qualificação e requalificação, alinham-se com as tendências apontadas nos principais relatórios internacionais e respondem directamente às novas exigências do mercado.
A esmagadora maioria das empresas reconhece a urgência de requalificar a sua força de trabalho. Cerca de 85% dos empregadores planeiam investir em formação, procurando profissionais com competências em análise de dados, inteligência artificial, ciência de informação, gestão tecnológica e desenvolvimento de soluções analíticas avançadas.
A convergência entre inteligência artificial, transição energética e resiliência organizacional não apenas redefine o perfil do trabalhador do futuro, como exige uma transformação profunda nos modelos de educação, formação e políticas públicas. Domínios como a ciência de dados, a inteligência artificial, a gestão de informação, a análise preditiva e a transformação digital estarão no centro das novas oportunidades. O futuro do trabalho será, acima de tudo, uma corrida à capacidade de adaptação.