Docentes Leonardo Vanneschi e Diego Costa Pinto desenvolvem soluções de apoio a famílias endividadas
Docentes Leonardo Vanneschi e Diego Costa Pinto desenvolvem soluções de apoio a famílias endividadas
Detalhe da Notícia
Com o intuito de resolver o problema do aumento de famílias em posição de sobre-endividamento, Leonardo Vanneschi e Diego Costa Pinto, professores da NOVA IMS, em conjunto com uma equipa de investigadores e com a colaboração da Direção-Geral do Consumidor, desenvolveram uma plataforma com base em Inteligência Artificial que permite prever estas situações. Este projeto denominado “AICE”, que teve início em 2016, permitiu a identificação de 38 variáveis consideradas importantes para prevenir dificuldades relacionadas com o aumento dos custos de vida.
Segundo a coordenadora do gabinete de proteção financeira da Deco, Natália Nunes, até agosto deste ano, cerca de 20 mil famílias entraram em contacto com a associação à procura de ajuda para enfrentar desafios financeiros. No ano anterior, dos 31.500 contactos recebidos, mais de 11.000 envolveram famílias que enfrentavam dificuldades.
A subida da inflação e das taxas de juro têm contribuído bastante para estes resultados, contudo esta crise está longe de alcançar os níveis observados durante o período de 2008-2012, quando muitas famílias enfrentaram insolvência. O maior conhecimento das famílias sobre gestão financeira e as medidas de prevenção implementadas pelas instituições bancárias desde 2012 têm ajudado a conter a situação, evitando que muitos casos cheguem ao extremo. Entre as causas de sobre-endividamento de famílias encontram-se também os divórcios, desemprego e doença.
A análise dos professores da NOVA IMS identificou três perfis de famílias mais suscetíveis ao risco de sobre-endividamento: famílias com baixos rendimentos, famílias que exageram na utilizado do cartão de crédito e famílias afetadas por crises económicas, cada uma com suas características distintas. Contudo, com o desenvolvimento do AICE é possível prever situações de sobre-endividamento com precisão de 89,2% e ainda encontrar um conjunto de intervenções que possam servir de auxílio na resolução das dívidas dos portugueses.
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