Licenciatura em Portugal: tudo o que precisa de saber
Licenciatura em Portugal: tudo o que precisa de saber
Detalhe da Notícia
Com a combinação de um ensino de qualidade, bom tempo, cultura amigável e custos acessíveis, Portugal é um dos destinos mais escolhidos para os estudantes que procuram completar o ensino superior no estrangeiro.
São sete as Universidades Portuguesas – incluindo a Universidade Nova de Lisboa (UNL) – que constam na edição de 2023 do QS World Rankings, que compara universidades a nível mundial com base em indicadores como a reputação académica, o feedback dos empregadores, as citações de investigação e os membros internacionais do corpo docente.
Embora falar português seja importante para concluir uma licenciatura, há várias universidades portuguesas que oferecem programas leccionados em inglês.
Neste artigo, detalhamos os passos necessários para se candidatar a uma licenciatura no país e explicamos porque é que os estudantes internacionais podem considerar Portugal como um destino de estudo.
Etapas da candidatura
Requisitos gerais para concluir uma Licenciatura em Portugal
Os estudantes que estejam interessados em concluir um curso de licenciatura em Portugal devem cumprir as seguintes condições:
- Possuir um curso de ensino secundário ou equivalente legal;
- Passar nos exames nacionais (nos seus países de origem) e apresentar documentos traduzidos e certificados;
- Cumprir os pré-requisitos do programa de estudos. Mais precisamente, os requisitos de proficiência linguística.
Embora seja importante ser fluente em português para concluir uma licenciatura em Portugal, os requisitos linguísticos podem variar significativamente entre instituições e programas. Para confirmar que cumpre os requisitos linguísticos, contacte o Gabinete Internacional da instituição a que pretende candidatar-se.
Estudantes da UE/EEE
Em geral, os estudantes da UE/EEE que pretendam inscrever-se num curso de licenciatura em Instituições de Ensino Superior Públicas Portuguesas têm de responder a um concurso nacional organizado pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), que decorre por volta do mês de julho. As candidaturas são preenchidas online e os futuros alunos podem escolher até seis instituições e programas de estudo, listados por ordem de preferência. Em 2023, as candidaturas para estudantes estrangeiros estarão abertas entre 25 de junho e 31 de julho.
A maioria dos estudantes precisa de realizar os exames nacionais de Portugal para se candidatar, mas existe uma exceção para os estudantes internacionais.
Para responder ao concurso nacional do ensino superior em Portugal como estudante da UE/EEE (União Europeia / Espaço Económico Europeu), é necessário apresentar um certificado com a média da sua classificação final (GPA) e validá-lo através de uma escola secundária em Portugal. Para obter este documento, é necessário preencher um formulário de candidatura (disponível no website da Direção-Geral da Educação) e apresentar documentos que comprovem que concluiu o ensino secundário no seu país.
Os documentos devem incluir:
- Ano(s) letivo(s) que concluiu com aproveitamento;
- Notas finais de cada disciplina e/ou GPA final;
- Explicação da escala de classificação utilizada.
Todos os certificados têm de ser traduzidos para português e certificados legalmente. Isto pode ser feito pela embaixada portuguesa ou pelos serviços consulares do seu país. Para mais informações, consulte o website da Direção-Geral da Educação (DGE) de Portugal.
Relativamente aos exames nacionais, a maioria das Instituições de Ensino Superior Portuguesas aceita exames estrangeiros se estes forem reconhecidos a nível nacional.
Os certificados de exames nacionais devem:
- Fornecer informações sobre as notas dos exames e a escala de classificação;
- Ser escritas (ou traduzidas) em português, inglês, francês ou espanhol;
- Ser carimbado e assinado pela instituição de origem e/ou pelas autoridades diplomáticas portuguesas.
Os estudantes de países da UE/EEE não precisam de visto para estudar em Portugal. No entanto, devem solicitar uma autorização de residência à chegada. Para mais informações, consultar o website do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Estudantes não pertencentes à UE/EEE:
Os estudantes não pertencentes à UE/EEE que se enquadram no Estatuto de Estudante Internacional seguem um conjunto separado de directrizes, dependendo da universidade a que se pretendem candidatar. Em geral, os potenciais candidatos podem candidatar-se a este estatuto se:
- Não tiverem nacionalidade portuguesa;
- Não são membros nacionais de um Estado-Membro da UE/EEE;
- Não são familiares de cidadãos portugueses ou de um Estado membro da UE/EEE;
- Não residem legalmente em Portugal até ao dia 1 de janeiro do ano em que se pretendem candidatar;
- Não são familiares de cidadãos estrangeiros titulares de autorização de residência há mais de dois anos.
Para mais informações, consulte a página online do Estatuto do Estudante Internacional da DGES.
Os estudantes de países não pertencentes à UE/EEE que pretendam estudar em Portugal também necessitam de:
- Visto de estudante que deve ser obtido antes de viajar. Os residentes de alguns países não pertencentes à UE (como os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia) não necessitam de visto para estadias curtas (menos de três meses) e podem entrar em Portugal apenas com um passaporte válido. Pode consultar a lista completa das isenções de visto no website do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português.
- Autorização de residência atribuída pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Razões para estudar em Portugal
Acessibilidade: Nas universidades públicas, os estudantes internacionais pagam entre 700 e 7500 euros por ano letivo. Os estudantes da UE/EEE pagam o mesmo que os nacionais portugueses (a partir de 700 euros). Os estudantes não pertencentes à UE/EEE são normalmente os que pagam propinas mais elevadas. Este valor pode ser pago em prestações.
Existe também financiamento público para estudantes da UE e de países terceiros. Algumas instituições importantes são a Direção-Geral do Ensino Superior - DGES (bolsas de estudo por mérito), o Instituto Camões (bolsas de estudo de língua e cultura portuguesas) e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia - FCT (bolsas de investigação científica e tecnológica).
Proficiência e Língua Inglesa: Portugal está entre os dez países com melhor nível de proficiência em inglês, de acordo com o mais recente ranking da Education First (EF). A maioria das pessoas que vive em Portugal consegue ler textos avançados em inglês e negociar contratos com falantes nativos em inglês.
Embora a maioria dos cursos de licenciatura seja atualmente leccionada em português, os professores e os alunos tendem a ser bons entendidos em inglês. Algumas universidades portuguesas também oferecem cursos totalmente leccionados em inglês.
Por outro lado, estudar em Portugal dá aos estudantes a oportunidade de se tornarem fluentes em português, que é falado por mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo e pode abrir portas a oportunidades em países onde o português é amplamente utilizado. Por exemplo, Brasil, Moçambique, Angola e Macau.
Sobre a NOVA IMS
A NOVA IMS – Escola de Gestão de Informação e Ciência de Dados da Universidade Nova de Lisboa foi fundada em 1989 em resposta à escassez de quadros superiores especialistas na gestão de informação e à crescente necessidade de utilização de tecnologias de informação.
Atualmente, a NOVA IMS oferece educação ao mais alto nível a mais de 3.000 estudantes, incluindo licenciados, pós-graduados, mestres e doutorados.
As licenciaturas da NOVA IMS dividem-se entre as áreas de Ciência de Dados, Gestão de Informação e Sistemas e Tecnologias de Informação:
A licenciatura em Ciência de Dados é um curso que explora técnicas modernas de inteligência artificial e machine learning destinadas a analisar grandes volumes de dados (Big Data). O objetivo é formar cientistas de dados capazes de extrair conhecimento e utilizar modelos avançados para lidar com grandes volumes de dados. O curso visa formar profissionais especializados que permitam às organizações reforçar a etapa intermédia entre a recolha de dados e a tomada de decisões com base nos mesmos. Trata-se de uma formação técnica que proporciona um conhecimento aprofundado das metodologias e conceitos fundamentais na área de Ciência de Dados, qualificando os alunos para acompanhar a rápida evolução do sector.
A licenciatura em Gestão da Informação combina Gestão e Ciência de Dados para formar gestores capazes de lidar com a complexidade dos negócios modernos e transformar dados em informações úteis. A procura por profissionais desta área é enorme, devido à crescente quantidade de dados produzidos pelas empresas. Para dar resposta à elevada procura, o curso capacita o aluno para que recolha, organize e analise informações que orientem a tomada de decisão, utilizando técnicas e ferramentas modernas. O objetivo é formar profissionais que compreendam o valor estratégico da informação nas organizações.
De acordo com os dados do Relatório Independente ObipNOVA 2019, a taxa de empregabilidade da licenciatura em Gestão da Informação corresponde a 100%, e o salário médio mensal líquido ronda os 1.394€.
Por fim, na licenciatura em Sistemas e Tecnologias de Informação os alunos aprendem a analisar, projetar e implementar sistemas de informação, incluindo inteligência artificial, programação, desenvolvimento de sistemas web, apps, e computação móvel. O curso também abrange a utilização de ferramentas que apoiam os processos de negócio das empresas. Esta é a primeira Licenciatura da Europa acreditada em Sistemas de Informação pela ABET, uma agência líder mundial na certificação da qualidade e inovação académica em ciência aplicada, computação, engenharia e campos relacionados com a tecnologia. Os estudantes adquirem competências no processamento, armazenamento e recuperação de informação, na criação de aplicações informáticas e na gestão de redes e sistemas de informação. Trata-se de uma licenciatura inovadora e altamente relevante para o mercado de trabalho nacional e internacional.